Justiça Federal de São Paulo determinou o desbloqueio de 50% dos bens de Lula para que sejam inscritos no inventário da ex-primeira-dama Marisa Letícia, falecida no começo do ano passado.
Os recursos foram bloqueados em abril. Os advogados do ex-presidente Lula queriam o desbloqueio de recursos provenientes de aposentadoria pelo INSS, como anistiado político, mas a Justiça indeferiu o pedido nesse caso.
Parte dos recursos já haviam sido bloqueados por ordem do juiz Sérgio Moro em processo da Lava Jato, que corre em Curitiba.
Marisa Letícia foi internada na UTI do Hospital Sírio-Libanês em 24 de janeiro de 2017, após um AVC (acidente vascular cerebral) hemorrágico.
Em 2 de fevereiro, a ex-primeira dama teve sua morte cerebral anunciada pelas mídias, mas Sírio-Libanês somente a testificou, após realização de exames, no dia seguinte.
Portanto, a morte de Marisa foi confirmada pelo Hospital às 18h57 de 3 de fevereiro de 2017 e repercutiu no meio político. Na ocasião de seu falecimento, a ex-presidenta Dilma Rousseff disse que a ex-primeira-dama teve importante papel que serviu de base para que o ex-presidente Lula pudesse se dedicar à luta pela construção de um outro Brasil.
O velório de Marisa foi realizado no dia seguinte à sua morte, em 4 de fevereiro, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, palco da ascensão política de Lula durante os anos em que esteve à frente das lutas sindicais em prol dos trabalhadores.
Lula disse, em discurso emocionado que repercutiu em todo o mundo:
“Marisa morreu triste porque a canalhice, a leviandade e a maldade que fizeram com ela… Quero provar que os facínoras que levantaram leviandades contra ela tenham um dia a humildade de pedir desculpas“.
O corpo de Marisa Letícia foi cremado no cemitério Jardim da Colina.
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